Logo após o encerramento do Campeonato Brasileiro, escrevi sobre a violência que dominou algumas das principais cidades brasileiras, em especial Curitiba. Apesar de levianamente acusado de estar desviando o foco, já que a campanha do meu time na reta final foi decepcionante, vou encarar novamente o risco e falar outra vez sobre os acontecimentos. Afinal, não dá pra ficar calado.
Segundo matéria do G1, números indicam que pelo menos 18 pessoas ficaram feridas na capital paranaense. Acredito que o número vai além, sem sombras de dúvida. Dois casos graves conhecidos até o momento também constam na matéria: no primeiro deles, um rapaz de 19 anos está internado em estado grave após ter sido ferido na cabeça. A outra história é de uma enfermeira que nada tinha a ver com o jogo, e que estava voltando para casa do trabalho de ônibus, quando uma bomba foi atirada contra o veículo. Saldo: ficou ferida e perdeu três dedos em uma das mãos. Felizmente ela sobreviveu, porém sua vida agora nunca mais será a mesma. Culpados? Um bando de marginais que transformam o futebol (e vários outros esportes) em guerra. Chegaram ao ponto de até apedrejar a casa que o treinador do Fluminense, Cuca, mantém na cidade.
Sempre defendi e reforço ainda mais a minha posição: as torcidas organizadas devem ser extintas dos estádios. Pelo menos temporariamente, até que seja possível registrar e identificar quem são os vândalos que se misturam aos torcedores. Afinal, existem os torcedores e os vagabundos.
Por outro lado, um bom exemplo vem também de Curitiba. Afinal, como falei, lá não é feito só de vagabundos. Ainda mais uma cidade bonita como aquela, que eu já tive oportunidade de conhecer (embora muito rapidamente). Segundo o globoesporte.com, um grupo de torcedores do Coritiba resolveu ajudar na reconstrução do estádio.
A ideia, que surgiu em uma rede de relacionamentos (possivelmente no Orkut), consiste em reaproveitar quantias que seriam utilizadas em festas da torcida e investir na manutenção dos prejuízos. Outra ideia é recolher brinquedos, roupas e alimentos para doar a instituições carentes.
Diferentemente dos animais que protagonizaram as horríveis cenas de domingo e que fazem perder muito do esporte, iniciativas como essa, dos torcedores do Coxa, merecem ser destacadas e repetidas. Pode ser pouco, mas é o que faz a diferença. Palmas para eles e cadeia pros animais.
Escuta essa: Johnny Cash - A Boy Named Sue
Um comentário:
Leviana nada! Assuma que você desviou o foco! E digo mais, decepcionante é eu femismo! Foi vexatória, isso sim!
E adoro que essas czoisas acoznteçam a Curitiba, setem que acontecer em algum lugar...
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