segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu e o futebol (vulgo Copa)

Eu sei, eu sei: essa coisa verde-amarela no blog ficou ridícula. Mas fazer o quê? A Copa do Mundo chegou. E pra alegrias de uns e tristezas de outros, vou fazer uma série de postagens sobre o assunto.

E eu tenho de confessar uma coisa: enquanto a maioria das pessoas diz que odeia a seleção, enquanto alguns outros ameaçam torcer pra Holanda e chegam até a cometer a heresia de afirmar que vão torcer pra Argentina. Eu, não: nunca torço contra a Seleção e sou Brasil até na purrinha. Pra todos esses que ficam contra, faço minhas as palavras de um tio: quando o Brasil for campeão, quero ver a cara de todo mundo.

Gosto de vários esportes, mas confesso que o meu favorito é disparado o futebol. Desde pequeno, nutro uma paixão crescente por esse esporte. Seja pela Seleção, seja pelo Galo, meu time do coração e que me acompanha na vida.

E Copa do Mundo é Copa do Mundo. Nasci durante a de 1986, e pra ser mais exato, momentos antes da vitória do Brasil sobre a Polônia, por 4 x 0, pelas oitavas de final. Mal sabia eu que nas quartas a Canarinho seria eliminada pela França, que posteriormente seria a seleção que eu mais detesto em Copas. A França, para mim, é a Itália para outros. E não sei porque, nunca fui com a cara do Zico, desde pequeno. Talvez seja por causa do penalti perdido contra os franceses.

Confesso que não me lembro da Copa de 1990. Afinal, eu tinha somente quatro anos. Por sorte, não vi o Brasil perder para os hermanos argentinos que, felizmente, acabaram perdendo o título para os alemães.

Já em 1994, a história foi outra. Com oito anos e começando a gostar e acompanhar futebol de verdade, acompanhei mais de perto a Copa dos Estados Unidos. Lembro de jogos das eliminatórias, inclusive - ou, pelo menos, de questões fundamentais como o que fariam os times que tem uniformes iguais, tal qual Brasil e Equador ou Colômbia, por exemplo. Conhecer o uniforme 2 da Seleção foi algo que eu não esqueço.

Lembro também de alguns momentos. O gol de Romário contra Camarões, o gol de Bebeto contra os Estados Unidos e o jogo contra a Holanda - ou a tensão que pairava o empate. Jogar duas vezes contra a Suécia também foi algo curiosíssimo. E houve a final. Lembro da bola na trave de Pagliuca, e também da disputa de penaltis. E, claro, lembro da carreata que fizemos depois.

Muitos não vão lembrar, mas tinha o Amarelinho. Ele era o mascote do SBT na Copa, e em outras competições. Diversão pra criançada. Lembro dele nas Olimpiadas também. Coisas engraçadas da memória.

Minha euforia foi mais completa ainda pós-Copa. Com sangue de goleiro correndo nas veias e depois da atuação magnífica na Copa, foi natural que Taffarel virasse ídolo. Pra contribuir, ele ainda veio defender as metas do Galo. Depois de Ayrton Senna, meu real primeiro ídolo, Taffarel assumiu o posto e veio preencher a lacuna aberta com a morte do piloto.

Quatro anos depois, a Seleção embarcou para a França. Eu estava com 12 anos, e conseguia entender melhor tudo e sentir mais que nunca o clima da Copa. E com a empolgação, veio a frustração: os misteriosos acontecimentos da final mais a derrota para  França - de novo ela - me fizeram esquecer parcialmente 98 (era impossível, eu tinha e tenho até hoje um joguinho de video-game da Copa, o que me fazia conhecer vários jogadores das seleções mais diversas) e acreditar que em 2002 o penta era possível.

E ele veio. A seleção foi pra Copa do Japão e Coréia desacreditada por muitos. Mas eu acreditava, tanto que me lembro claramente de falar com colegas que o Brasil ia levantar o caneco - e muitos duvidavam. Já com 16 anos, sofri mais e vivi mais o clima que antes, mas me lembro claramente da frustração da maioria dos jogos serem na parte da manhã e eu ter aula. Época de Copa deveria ser feriado mundial ou, pelo menos, ponto facultativo pra pessoas como eu.

Retrospecto até aqui: contando o ano que eu nasci (86), 2002 foi minha quinta Copa. Destas cinco, dois títulos, uma derrota para a Argentina que eu não me lembrava, e duas para a França - uma eu era recém-nascido, de fato, mas perder em uma final compensa e agrava tudo.

Depois da Copa das Confederações, em 2005, eu estava completamente confiante no hexa no ano seguinte. A Seleção jogou muito e prometia arrebentar no Mundial. Porém, o tempo passou, os jogadores saíram de forma e nosso técnico era o Parreira - teimoso como uma pedra, insistiu nos dois pesadões Ronaldo e Adriano na frente e a Seleção acabou caindo frente à - adivinhem - França. Fiasco total, que me fez assistir solitário ao embate entre os franceses e italianos, que felizmente levantaram o caneco. A Itália encostou no Brasil, mas antes eles que a França.

E veio 2010. Dunga renovou a equipe e, apesar de eu (e todo o resto do país) discordarmos de alguns nomes, são eles quem estarão em campo e é por eles que eu vou torcer. Em outro momento, pretendo comentar as escolhas do nosso treinador, mas entendo e agora é torcer. Quem sabe, dessa vez, não vem o hexa? É só não pegarmos a França pela frente...






Escuta essa: Coração verde-amarelo - "Eu sei que vou, vou do jeito que sei..."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Eu, Sardinha

Texto originalmente publicado no Sem Pauta e aqui no Subeta, em setembro de 2008, e válido até hoje, diariamente.

É um drama particular diário de cada indivíduo o deslocamento do ponto X (sua casa) até o ponto Y (seu trabalho, escola, faculdade, e derivados), principalmente daqueles que não possuem veículos automotores próprios. Ou seja, enquanto não inventarem um meio de transporte melhor e mais eficiente, estamos sujeitos à boa vontade das companhias de transporte.

Levantar cedo já é um problema para muitos, como eu. Levantar mais cedo ainda, para pegar ônibus, é um problema maior ainda. E olha que eu moro relativamente perto, mas não perto o suficiente para ir à pé. Pelo contrário, moro longe o bastante para depender de ônibus e perto o bastante para sempre pega-lo cheio, após ter passado por várias e várias regiões amontoando pessoas em seu interior, que provavelmente tiveram que levantar mais cedo que eu.

Certo dia, em um ônibus lotado, levando pisão no pé e cotovelada no olho enquanto tentava passar para a parte de trás (nem discuto a mania das pessoas de se amontoarem na parte da frente), refleti sobre a situação do transporte público brasileiro. É um paradoxo cíclico complexo tal como uma montanha-russa gigante.

Pois imagine você, dono de uma companhia de ônibus. Deve pensar: “esta linha leva muitos estudantes para a escola e muitos trabalhadores para o trabalho, no horário de pico. Se eu reduzir o número de veículos, posso ganhar mais a cada viagem.” Daí, você, pobre e mero usuário do transporte público, pensa: “Por quê diabos eles não colocam mais alguns ônibus nesse horário?” É, meu amigo, é só o começo.

Depois de sofrer algum tempo com os ônibus, algumas pessoas pensam: “beleza, agora vou de carro!” E colocam mais um, mais dois, três, vários carros nas ruas da cidade. Juntam-se os carros, mais os ônibus, mais a pressa e impaciência geral, bate-se no liquidificador e coloca-se um pouco de atraso e aquela prova que você está perdendo, e obtem-se um belo bolo.

E isso, quando o ônibus, de tão cheio, resolve não parar no ponto. Uma hora depois, o ônibus seguinte faz a mesma coisa. No final das contas, você, atrasado, conseguiu se amontoar em um.

E fica lá, igual a sardinha na lata, já prevendo como será o seu retorno pra casa...

Dinheiro

Estava caminhando para a saída da Bienal do Livro de Minas 2010, quando paramos para que a irmã da minha @jessie_small pudesse comprar uma revista de presente para a mãe. Passei a observar um grupo de visitantes que também se encaminhava para a saída. Parecia uma família agregada de amigos, outros parentes, ou quem mais seja.

Entre eles, uma menininha de uns dois anos, talvez. E muito provavelmente pouco tempo antes havia pedido alguma coisa para a mãe de presente. Imagino que ela, a mãe, deve ter falado com a filha que não tinha mais dinheiro pra comprar nada.

A menininha, então, tinha um problema que precisava resolver. Sua mãe não tinha dinheiro, e ela precisava dele pra conseguir o que queria. Sem talvez nem saber pra que serve o tal do dinheiro, e em toda a sua inocência,virou para uma mulher que passava pelo grupo em sentido contrário e disse:

- Moça, me dá dinheiro.

A risada foi geral. A moça riu, a família riu e eu, obviamente, também. A mãe pediu desculpas e contou pra quem não ouviu o inusitado pedido da filha. Já a garotinha continuava concentrada em sua missão e, fazendo com as mãos sabe-se lá porque o número seis com os dedinhos, pediu novamente:

- Moça, me dá dinheiro.

A mãe a pegou no colo rindo e seguiu caminho. A moça, também.

Agora, o que será que continuou passando na cabeça da menina é um mistério. Onde ela conseguiria o tal do dinheiro? Precisava de um plano melhor.







Escuta essa: Nando Reis e Cássia Eller - Relicário

Passou

"A Síndrome de Chantcler é quando uma pessoa acredita que o outro dia só chegou quando ela dorme e acorda. Exemplo: agora são 00:34 (eu devia ter vergonha na cara e ir dormir, né? Faz parte...) para mim ainda é dia 29 de abril (a despeito de já ser dia 30) e caso eu não durma e vire a noite aqui no computador, dia 30 simplesmente deixará de existir. A Síndrome de Chantcler ainda não tem cura e seu grau de influência negativa na vida de uma pessoa é muito pequena. Só é nocivo com relação a prazos porque, embora o acometido pela síndrome não perceba, o tempo realmente passa para o resto do planeta Terra." (SILVEIRA, Patrícia, n'O Placebo)

Tomo liberdade de fazer minhas as palavras da minha querida amiga Patrícia. Coincidentemente, aqui agora são 00:34 e eu estou escrevendo um texto para o dia anterior. Mas, como ainda não dormi, posso considerar que ainda é dia 16 de maio.

E foi no dia 16 de maio de 2008 que nasceu o SubetaNet. Começou como uma brincadeira, o Tratado do Terceiro Andar, e passou por tantas mudanças e fases que eu não conseguiria enumerar aqui. Mas foram dois anos importantes de maturação.

Hoje tenho mais clareza sobre não só o que representa o Subeta pra mim, como também o papel do blog como ferramente pessoal e profissional. Entendo melhor também a relação das pessoas com seus diários - nunca tive, nem o hábito, e a inconstância de postagens aqui não permitem qualificar este blog como sendo um, mas dá pra entender o valor e importância de registrar momentos e experiências.

E nestes dois anos muita coisa aconteceu, e boa parte dela ficou registrada por aqui.

Em maio de 2008, estava no segundo período do meu curso. Ainda não havia em decidido pela publicidade e trabalhava com jornalismo - e até hoje continuo me enfiando por essas áreas, apesar de ter me acertado e definido como publicitário, profissão que eu gosto e tenho crescido.

Foi em 2008 também que tive minha primeira lesão no joelho - coisa que não recomendo pra ninguém. E também algumas alegrias e decepções - igual todos os anos das nossas vidas. Veio 2009, passou e chegamos em 2010. E, de repente, o Subeta já faz 2 anos.

Se fosse uma criança, já estaria correndo por aí e começando a falar igual a um homenzinho. Como é o meu blog, ele cambaleia e fala igual um papagaio. É a vida.

Mas é isso aí: dois anos. E acho que foram só os primeiros - ou assim espero. (:

Vida longa ao SubetaNet!





Escuta essa: K'naan - Wavin Flag

terça-feira, 11 de maio de 2010

Bússola

Acordou no meio da noite com o barulho da tempestade que se aproximava. O balanço do barco já indicava que o trabalho ia ser duro e a ressaca brava. Levantou-se e parou por um segundo para tomar ânimo. Pela força do vento, essa seria forte.

Em sua vida, já havia enfrentado diversas tempestades. Umas mais brandas, outras mais arrasadoras, das que sobreviver talvez tenha sido um milagre divino. E esta noite estava preparado para encarar mais uma. E não seria a última: sua vida de pescador, sofrida e muitas vezes solitária, fazia com que ele e a forte chuva fossem quase como amantes que se encontram escondidos em alto mar no meio de uma noite estrelada.

Pegou seu casaco, a capa de chuva e partiu de encontro à mais uma batalha. Preparou tudo enquanto a chuva começava a apertar, e no auge da tempestade estava na cabine, firme como um capitão deve ser. Encarando de frente os relampagos e a ventania que assolavam seu pequeno barco, enquanto com agilidade e competência manuseava o mastro, deixou seus pensamentos se perderem nela.

Tão bela, tão apaixonante. Seus olhos pequenos o faziam feliz todas as vezes em que se encontravam, feliz como jamais sonhara ser. Se existia alguma coisa na face da Terra que valia a pena lutar, era por ela. E assim ele tirava forças para encarar e vencer mais essa tormenta. E seu suor, seu sangue, seu amor, sempre seriam recompensados com um sorriso ao nascer do dia.

Não haveria no mundo tempestade capaz de separar os dois, de impedir que ficassem juntos. Nem um monstro marinho, se aparecesse em meio aos relâmpagos, seria capaz de parar seu barco e evitar seu retorno para os braços dela. Nem mesmo os relâmpagos, estrondosos e arrasadores, e o vento que tiraria qualquer um de rota, seriam capazes de desviar sua atenção e seu coração. Ele era mais forte que tudo isso, e era mais forte por causa dela. Seu coração, no meio das trevas, tinha um farol que o guiava.

E assim ele acordou. Não era mais capitão, não era mais pescador. Mas continuava completamente apaixonado. Ficou observando ela dormir, certo de que enfrentaria toda e qualquer tempestade só para poder acordar e vê-la ao seu lado, todos os dias, de toda a sua vida.

Sem ela, estaria perdido. Ela era sua bússola.

sábado, 1 de maio de 2010

1º de Maio

Dia 1º de Maio, dia do trabalhador. Mas mais que isso: um dos dias mais tristes da minha infância.

Em 1994, eu tinha apenas 8 anos. Minha família havia se mudado recentemente (em novembro do ano anterior) de Belo Horizonte para Pará de Minas, no interior do estado, e eu estava naquela idade em que os esportes começam realmente a fazer parte da vida de qualquer garoto. Acompanhava futebol com maior frequência, começava a entender do assunto e estava virando um aficcionado por Fórmula 1.

Tive grandes ídolos no esporte, desde pequeno. No mesmo 1994, o goleiro Taffarel, com suas defesas na Copa e posterior transferência para o Galo, conquistou o coração de um jovem futuro goleiro. Mais velho, jogadores como Marques ou o tenista Guga também passaram a ser ídolos.

Mas foi ele, Ayrton Senna da Silva, ou Ayrton Senna do Brasil, meu maior ídolo da infância.

E eu me lembro como se fosse ontem do dia 1º de maio de 1994. Estava começando a acompanhar todas as corridas, a conhecer os pilotos e os carros, a me apaixonar pela velocidade.

Na manhã deste fatídico domingo, estava deitado na cama com meu pai assistindo a corrida. E é engraçado pensar como tantas pessoas, que nunca haviam sentado para ver uma volta sequer, também faziam isso nesse dia.

Lembro que a transmissão havia mostrado imagens da câmera que acompanhava o carro de Senna. Adorava essas tomadas, me sentia um piloto de Fórmula 1. E, de repente, uma outra câmera mostra seu carro passando direto na amaldiçoada Tamburello. Fiquei atônito.

Acompanhei cada segundo do atendimento médico, e passei o resto do dia grudado na frente da TV, esperando notícias. Quando meu pai me contou que haviam dado no rádio a notícia de morte cerebral, não entendi e nem acreditei: pensei que ele ainda poderia melhorar e se recuperar. Afinal, com oito anos é fácil acreditar em milagres.

Foi então que o repórter Roberto Cabrini entrou durante a transmissão da Globo e proferiu algumas das mais tristes palavras que eu me recordo já ter escutado: "Esta é uma notícia que eu jamais gostaria de dar. Morreu Ayrton Senna da Silva".

Mais uma vez eu não acreditava que era possível. Não, não com ele. Como seria possível? Lembro que chorei, e talvez pela primeira vez na vida, tive de lidar com a terrível dor da perda.

Senna não era próximo, não era conhecido, não era meu amigo de verdade. Mas, para aquele garoto de 8 anos, ele era quase um parente, um irmão mais velho. Me imaginava sendo ele, ficava horas sonhando com uma vitória em uma corrida e o Galvão gritando "Fábio Megale do Brasiiiiiiiiil", da mesma forma que fazia com Ayrton. Era um legítimo sentimento de perda.

E desde então aquele garoto nunca mais acompanhou F1 da mesma maneira. Simplesmente perdeu a graça. O vermelho da Ferrari nunca será igual o da McLaren que tantas vezes Senna pilotou, e o tremular da bandeira quadriculada nunca será tão marcante. Nem o Tema da Vitória, que até hoje emociona e resgata memórias, foi e jamais será o mesmo. O apagar das luzes da largada deixou tudo acinzentado.








Escuta essa: Tema da Vitória

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O maior post metalinguístico da história

Muitas vezes escuto as pessoas falaram que o curso de Comunicação Social da UFMG é isso e aquilo, geralmente de forma negativa. A maior crítica, principalmente por parte dos estudantes de outras universidades e repetida por alguns da própria federal, é de que o curso é teórico e preferem aprender com a prática.

Um discurso que escuto bastante por parte dos professores é que o curso não existe para formar técnicos, para não somente ensinar o fazer, mas também e principalmente o saber sobre o fazer. Não adianta você ter um amplo domínio da técnica se não consegue refletir sobre o que produz - e não é questão de saber se seu trabalho está bom ou não, mas olhar pra ele e ter senso crítico o bastante para avaliar a sua pertinência e se cumpre com os objetivos propostos. Vai além de pesquisas e estatísticas.

E é este pensar sobre fazer, a capacidade de analisar o trabalho, que me faz ter orgulho de estudar onde estudo e que me permite olhar para outros estudantes - com o devido respeito - e perceber que falta neles, especialmente os de outras faculdades, este pensar sobre o fazer. Até existe um domínio amplo do fazer, mas muitas vezes sem direcionamento.

Para que toda esta reflexão?

Nos últimos tempos, andei pensando bastante nas seguintes questões: qual o objetivo do SubetaNet? Qual a sua proposta? Qual a utlidade? Qual seu futuro?

Um blog sem textos não existe. Afinal, são eles a sua essência, a sua razão. E por não saber exatamente o que escrever por aqui que muitas vezes não escrevia nada.

Tentar falar de tudo em um mesmo espaço é impossível. Cinema, música, cotidiano, livros, jogos, esportes... cada um deveria ficar no seu quadrado. Um blog que tenta tratar de tudo muitas vezes não consegue falar de nada. E é isso que tem sido o Subeta: um nada.

Com a proximidade do seu aniversário de 2 anos (em maio próximo), era necessário que medidas drásticas fossem tomadas. Confesso que cogitei até encerrar o blog e começar um novo - mas tenho um carinho especial por este espaço que não me permitiria nunca fazer isso. Além do mais, estes dois anos foram importantes para o "amadurecimento" do blog, para que eu conseguisse perceber e entender o que de fato eu quero do Subeta. O passado, por mais que seja estranho e não tenha muito a ver com o que eu quero pro blog à partir de agora, continua sendo seu passado e fundamental na sua formação.

E o que eu quero é que ele seja um blog estritamente e extremamente pessoal. Não pretendo fazer dele um diário, mas sim um espaço onde poderei falar livremente sobre os assuntos do cotidiano e, principalmente, contar minhas desventuras diárias. Acho que é um caminho interessante e que vou me divertir mais.

Sendo assim, declaro oficialmente de volta o SubetaNet, mas agora com uma filosofia diferente. E enquanto não faço os ajustes de configuração e layout que pretendo, já adianto uma novidade: precisava de um espaço para falar de cinema, principalmente agora que o trabalho no Tijolos Amarelos começou a engrenar, e o Subeta não serviria mais para isso.

Criei, portanto, o Proposta Irrecusável. Lá, pretendo aproveitar algumas coisas do Tijolos, além de escrever críticas, resenhas e comentários diversos que não caberiam no site. Algo mais pessoal mesmo.

Além disso, pretendo revitalizar os outros espaços que tenho pra escrever, e em breve vou colocando aqui.

Afinal, se a palavra é instrumento fundamental nas minhas profissões (porque agora posso considerar que tenho duas), a melhor maneira de aprimorar e melhorar é escrevendo, escrevendo e escrevendo. :)






Escuta essa: Moby - Extreme Ways

sábado, 6 de março de 2010

Medo, muito medo...

Lembrei que em 2008 publiquei isto aqui (continuação desse outro aqui) no blog.

Terminei o texto dizendo dizendo: "Mas 2 anos é muito tempo."

E o pior é que não foi. Acho que vou seguir o conselho da Patrícia e sair do país.

Medo, muito do que pode acontecer este ano.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Filmes 2010

Todos os filmes vistos (ou revistos) em 2010, nos meses de janeiro e fevereiro.

Janeiro

Não Estou Lá
O Labirinto do Fauno
Sociedade dos Poetas Mortos
Sherlock Holmes (2x)
A primeira noite de um homem
Onde Vivem os Monstros
Up In The Air (me recuso a chamá-lo de "Amor Sem Escalas")
Perfume de Mulher
Nine

Total: 9, sendo que assisti Holmes 2 vezes (o que dá 10, no total). Ainda acho uma média baixa, mas garante pelo menos uns 2 filmes por semana.


Melhor de Janeiro: Escolha difícil. Confesso não fazer ideia, gosto muito de todos. Mas acho que voto em Onde Vivem os Monstros, pela expectativa e tudo mais, e a paixão crescente que tenho por este filme.

Pior de Janeiro: Não Estou Lá (eu gosto bastante, não foi a primeira vez que assisti, mas teve concorrentes muito fortes).

Fevereiro

O Fada do Dente
Wall-e
E aí, Meu Irmão, Cadê Você?
Cães de Aluguel
Invictus
Um Lugar Chamado Notting Hill
Moulin Rouge
Zumbilândia
Alice no País das Maravilhas (1903)
Blade Runner

Total: 10. O mês tem menos dias, mas vi o mesmo tanto de filmes, o que melhora a média.

Melhor de Fevereiro: Disputa difícil, de novo. Então, vou considerar só os que eu vi pela primeira vez. Só entre eles já é complicado escolher um, mas chamo a responsabilidade e digo: Invictus.

Pior de Fevereiro: O Fada do Dente. Desqualifiquei Alice no País das Maravilhas (1903) da disputa, obviamente. Mas só porque é uma versão muito antiga, e eu nem deveria considerar colocar ele na disputa, por motivos de justiça. O escolhido, então, não é um filme ruim: é até um bom filme pra sessão da tarde. Mas perto dos outros, tadinho...

Observações:

1. Alice no País das Maravilhas (1903) é a primeira das versões sobre a história. Ainda publicarei algo sobre ele, mas encontra-se facilmente no YouTube e tem duração de cerca de 9 minutos.

2. Não, eu não paguei pra assistir O Fada do Dente. Ganhei o ingresso.

3. Pelo que ando assistindo em Março, escolher melhor e pior no final do mês vai ser difícil também, muito.

Todos os filmes que eu vi (em 2009)

Esta postagem deveria ter saído no final de 2009. Acabei adiando, e adiando, e adiando... enfim. Filmes vistos em 2009, à partir do dia 1º de novembro. Isso porque, como eu já expliquei aqui, desde novembro do ano passado tenho registrado todos os filmes que eu assisti, inclusive com metas.

Estes foram os filmes vistos nos dois últimos meses de 2009:

Ano Um
Desconstruindo Harry
Frankenweenie
Besouro
Vincent
A Primeira Noite de Um homem
500 Dias com Ela
Abraços Partidos
Julie e Julia
2012
A Princesa e o Sapo
Pequena Miss Sunshine
O Poderoso Chefão
Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
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 Total: 15 filmes. O que dá menos de 2 filmes por semana, uma média baixa pelo que eu quero manter (e até melhorou nos meses seguintes).


Vale ressaltar que alguns eu já havia assistido, ou seja, nem todos eram inéditos, mas como "reiniciei" a contagem, então entram pra registro.

Melhor filme de "2009": O Poderoso Chefão. Essa é fácil, sempre que ele estiver em uma lista já tem meu voto.

Pior filme de "2009": Besouro. Abraços Partidos, 2012 e até Avatar tinham chances, mas eles tem qualidades que fizeram escapar da degola (até 2012, acredite se quiser). Agora, Besouro, apesar de uma belíssima fotografia e de inovar no gênero aqui no Brasil, peca em excesso - especialmente na parte final, e foi uma frustração indescritível.

Daqui a pouco publico o post com os filmes vistos em 2010 até o momento.