domingo, 31 de agosto de 2008

Aviso aos navegantes

Novidades nos próximos dias.

Aguardem.

sábado, 16 de agosto de 2008

21s30

Vinte e um segundos e trinta centésimos.

Este foi o tempo que César Cielo Filho gastou para escrever seu nome na história da natação mundial e, principalmente, nacional.

Um pequeno passo perto dos (prováveis) oito ouros de Michael Phelps, mas um grande passo para Cielo e o esporte nacional.

Em um país de "terceiro mundo", sem políticas públicas voltadas para o esporte, este feito é memorável. Tão memorável, também, como o que as meninas da ginástica conseguiram: classificar, pela primeira vez na história, a equipe feminina para as finais da competição. Podem não ter subido ao pódio, mas também deram um grande passo para e pelo esporte nacional.

Aos poucos, os heróis do esporte nacional vão construindo marcas e abrindo portas para os futuros heróis nacionais. Gustavo Borges foi um exemplo para Cielo, e mais: foi um amigo. Cielo, agora, será exemplo para milhares de garotos que se iniciam no esporte, e o mesmo vale para Daiane, Jade, Ana, e vários outros atletas das mais variadas categorias.

Quem sabe, no futuro, surgirão no Brasil um Michael Phelps ou Usain Bolt? Talento nós temos, só falta saber lapidar.

Obs.: Ainda são atletas novos, e com certeza Cielo, Jade, Ana, Thiago, e vários outros, ainda trarão muitas alegrias para este sofrido país. Considerem isto um prognóstico.

Obs.2: A vitória de Cielo foi de arrepiar. E, no momento do hino, o Cubo d'Água inteiro aplaudindo, foi mais ainda. Isto merecerá até outro tópico, quem sabe...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Pequena Nota

Lá se vai mais de uma semana e nenhuma postagem. Justifico: andei muito atarefado e com um enorme bloqueio criativo temporário, que inclusive me atrapalhou em muitas de minhas tarefas. São desculpas esfarrapadas, mas espero que convençam a vocês, meus inúmeros leitores.

Apesar do aparente fim-dos-tempos, aliado ao fim da acentuação proposto pelo novo acordo ortográfico, pretendo continuar honrando o Tratado.

Mas, por hoje, é só.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Cuidado com o buraco!

Quando meu irmão me contou, eu não acreditei. Não que eu não tenha acreditado nele. Eu não acreditei foi no que escutei. Meu irmão ouviu comentários, e resolveu comentar comigo também.

Resumindo: os cientistas irão testar nos próximos dias o maior acelerador de partículas do mundo, para enfim desvendar os mistérios sobre a Vida, o Universo e tudo mais. Pretendem descobrir do que mais são feitos os átomos e como o estranhamente estranho Universo surgiu. Ou seja, podem jogar a Química e a Física que conhecemos por água abaixo...

Antes da parte mais interessante da notícia, vou antecipar os acontecimentos e contar o que fiz depois de conversar com ele: pesquisei no Oráculo. Segundo ele, os testes estão marcados para o dia 10 de setembro. Ou seja, falta aproximadamente um mês.

Voltando à minha conversa com meu irmão, e ainda falando sobre o acontecimento, ele me revelou que, segundo os boatos, durante a experiência a ser realizada (não vou entrar em mais detalhes, pois não pretendo me arriscar nos caminhos obscuros da física), há uma possibilidade mínima de surgir um pequeno buraco negro.

Pesquisando rapidamente pelo Oráculo, li que pequenos buracos negros podem surgir em aceleradores de partículas, e que estes provavelmente desapareceriam em seus próprios universos. Provavelmente, pois são apenas teorias sem comprovações práticas - afinal, os cientistas nunca estiveram realmente próximos de um buraco negro.

O que me preocupa é uma coisa que meu irmão escutou: alguns cientistas estão tentando evitar que o LHC (vulgo Grande Colisor de Hádrons, em inglês, que nada mais é que este tal acelerador de partículas) realize os testes por acreditarem que, apesar da possibilidade de um buraco negro surgir seja mínima, há essa possibilidade. Afinal, como diria Murphy, se uma coisa pode dar errado, ela não só pode dar errado como provavelmente dará errado. E, segundo estes cientistas, há a possibilidade do buraco negro, ao surgir, sugar (na falta de palavra melhor) nosso querido planeta Terra...

Não sei se essa história do buraco negro sugar o planeta é verdade ou se não passa de boatos. Mas isso me levou a pensar e questionar algumas coisas:

Quem deu autoridade para estes cientistas fazerem estes tipos de testes, havendo esse risco (caso ele haja mesmo)?

Até que ponto realmente temos controle sobre nossas vidas?

Será que realmente existem universos paralelos?

Existe vida inteligente na Terra?

Qual o sentido da Vida?

Qual a questão fundamental sobre a Vida, o Universo e tudo mais?

Quantas medalhas de ouro o Brasil vai conseguir nas Olimpíadas 2008?

Ao invés de construírem um acelerador de partículas gigantesco, não poderiam simplesmente ter pedido ao Chuck Norris que arremessasse um átomo contra o outro e ver o que acontecia?

Quais números serão sorteados no próximo concurso da Mega Sena?

Rocky Balboa voltará em mais um filme?

Devo trocar minha zaga no Cartola?

Como eles vão fazer uma sequência para O Cavaleiro das Trevas sem Ledger?

E como eles vão fazer uma sequência para O Cavaleiros das Trevas se o buraco negro sugar a Terra?

O que é a Matrix?

Os Los Hermanos irão voltar?

Qual o final de Lost?

Quem foi melhor: Pelé ou Maradona?

O que eu sempre quis saber e tenho vergonha de perguntar?

O que você sempre quis saber e tem vergonha de perguntar?

E, por fim:

Porque diabos inventaram um novo acordo ortográfico?

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Não é a mamãe!

Muito recentemente, nosso querido governo conseguiu roubar mais do sofrido povo brasileiro. Desta vez, levaram os acentos e hífens. O novo "acordo ortográfico" modifica algumas regras de acentuação e hifenização, e palavras como "assembléia" e "idéia" passarão a ser "assembleia" e "ideia".

O mais triste de tudo é pensar que depois de muitos anos escrevendo teremos que reaprender tudo. Quem não guarda regras na memória, mas sim visualiza as palavras, como eu, está ferrado. É sério: regras gramaticais nunca entraram na minha cabeça e sempre redigi por instinto. Agora, estou com um pequeno grande problema.

E nem para eles considerarem um tempo de adaptação, ou readaptação. Por exemplo: o acordo entra em vigência em 2009, e bem que poderiam manter um prazo de adaptação onde as formas "assembleia" ou "assembléia" estivessem corretas. Quando o acordo entrar em vigor, a forma acentuada estará errada.

Eu concordo que a língua tem que evoluir. Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Dá vontade de ir lá na "assembleia", pegar o acento que roubaram, e enfiar lá naquele monossílabo tônico terminado em "u", que não se acentua, dos deputados, senadores, ou seja-lá-quem-votou-isso.

É com a nossa "língua mãe" que estão mechendo. E eu, na hora que olho pras modificações acordadas, me lembro do Baby e penso: "não é a mamãe!"


terça-feira, 5 de agosto de 2008

Inspiração

É engraçado pensar de onde vêm a inspiração. E o mais engraçado é não descobrir de onde é. Estou há alguns minutos me decidindo sobre o quê escrever primeiro, e não consegui. Poderia falar sobre o Cavaleiro das Trevas, ou sobre Hancock. Claro, poderia falar sobre O Coringa - sim, com "O" maiúsculo, ou sobre o País da Delicadeza Perdida. Mas estes temas podem esperar, então resolvi dissertar um pouco sobre ela, a inspiração.

Estava pensando como é interessante essa história de inspiração quando temos que escrever ou realizar algum trabalho. Mas vamos nos ater apenas ao "escrever". No cursinho pré-vestibular e em várias outras situações, eu já escutei essa história de "não estou inspirado agora" e blábláblá quando alguém não consegue escrever. Aí, o melhor a fazer é esperar a inspiração chegar. Certo? Errado.

No vestibular, no dia da prova, aquele caos psicológico, se você for esperar a inspiração chegar, você não sairá do lugar - metaforicamente e literalmente, já que no ano seguinte também estará lá, fazendo o bendito novamente. E isso vale para todas as outras provas que fará pela sua vida, e textos que terá que escrever, matérias, redações, reportagens, releases, e etc. É como eu sempre digo: é preciso saber improvisar.

E improvisar não é simplesmente ligar o gerador de lero-lero (dúvidas, consulte o Oráculo). Você têm que ter classe, estilo. Transformar uma pequena idéia em um texto suficientemente grande o bastante para alcançar seus objetivos, sem ultrapassar os limites. É preciso saber prender o leitor, mantê-lo atento ao texto, sem complicar demais no vocabulário ou na enrolação e obrigar o leitor a ir assistir televisão ou te dar um zero na prova.

A prova de que isto funciona está aqui. Eu, cansado, com dor-de-cabeça, e sem inspiração consegui prender você, leitor, até aqui, apenas improvisando um breve tratado sobre a inspiração.

Inspirador, não?

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Passado, Presente, Futuro

"Um dos maiores problemas encontrados em viajar no tempo não é vir a se tornar acidentalmente seu próprio pai ou mãe. Não há nenhum problema em tornar-se seu próprio pai ou mãe com que uma família de mente aberta e bem ajustada não possa lidar. Também não há nenhum problema em relação a mudar o curso da história - o curso da história não muda porque todas as peças se juntam como num quebra-cabeça. Todas as mudanças importantes já ocorreram antes das coisas que deveriam mudar e tudo se resolve no final.

O problema maior é simplesmente gramatical, e a principal obra a ser consultada sobre esta questão é o tratado do Dr. Dan Streetmentioner, o Manual das 1001 Formações de Tempos Gramaticais para Viajantes Espaço-Temporais. Nesse livro você aprende, por exemplo, como descrever algo que estava prestes a acontecer com você no passado antes que o acontecimento fosse evitado quando você pulou para a frente dois dias. O evento é descrito a partir de diferentes pontos de vista, conforme você esteja se referindo a ele do seu próprio instante, de uma época no futuro ou de uma época no passado, e a coisa toda vai ficando ainda mais complicada caso você esteja conversando enquanto viaja de um instante no tempo para outro na tentativa de tornar-se seu próprio pai ou sua própria mãe.

A maioria dos leitores chega até o Futuro Semicondicionalmente Modificado Subinvertido Plagal do Pretérito Subjuntivo Intencional antes de desistir. Por isso, em edições mais recentes desse livro, as páginas subseqüentes têm sido deixadas em branco para economizar custos de impressão.

O Guia do Mochileiro das Galáxias passa levemente por cima dessas complexidades acadêmicas, parando apenas para notar que o termo 'Pretérito Perfeito' foi abandonado depois que se descobriu que não era assim."

(Trecho emprestado do livro O Restaurante no Fim do Universo)

Digo (direi ou terei dito, dependendo de quando você, leitor, lerá ou terá lido esta mensagem) tudo isso sobre os problemas gramaticais relativos às viagens no tempo pois à partir de agora este blog se tornará (se tornou) um tremendo caos espaço-temporal. Sim, pois há (houveram, haverão) coisas que deveriam ter sido (serão, foram) publicadas em determinados momentos dos últimos dias, seguindo uma sequência cronológica que não será (foi) muito bem respeitada por aqui. Alguns temas importantes se misturarão (misturaram-se) com outros mais ou menos relevantes e que estão fora da sua realidade original. Mas não se preocupe: tudo faz (fará, fez) parte da Mistureba Generalizada, que você irá entender (entendeu) algum dia.