segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O fim dos tempos é divertido

(Da série "isto já deveria ter sido publicado faz séculos")

Se tem uma coisa que considero de extrema importância em um filme é o fator diversão. Ele pode até ser ruim, mas se me fizer divertir por algumas horas já alcançou seu objetivo. E assim é 2012, de Roland Emmerich e com John Cusack no papel principal.

A história todo mundo já deve conhecer: segundo o calendário Maia, o ano de 2012 representará o fim do mundo como o conhecemos. Essa é a premissa para que o diretor realize mais um filme de destruição em massa, onde tudo e todos são esmagados pela força da natureza sem dó nem piedade.

No centro de tudo e como núcleo principal da história está o personagem de Cusack, Jackson Cutis. Mais clichê, impossível: um escritor fracassado, divorciado e com problemas de relacionamento com os filhos. Ao levar eles para acamparem, acaba descobrindo o que está por vir e parte em uma frenética corrida para salvar os filhos e sua ex-esposa com seu atual marido.

Um outro núcleo de personagens inclui o presidente dos Estados Unidos (negro, já que estamos na Era Obama, diferentemente dos até então clichês presidentes-padrão-Clinton, mas ainda assim óbvio), sua filha e o cientista que reportou tudo ao governo.

O filme se resume, basicamente, à uma sucessão de fugas intermináveis dos protagonistas, quase milagres sucessivos. Mas é como eu sempre digo: na hora que você começa a escapar da destruição mundial, e faz isso pela primeira vez, aproveita o embalo e vai assim até o final. E os conflitos, as questões filosóficas, que poderiam ser aprofundados e gerar um conteúdo mais relevante que explosões e desabamentos acabam sendo tratados de forma superficial.

Um destes questionamentos é sobre a posterioridade das coisas. Obras de arte são removidas e salvas, e o mesmo é levantado várias vezes pelo cientista ao citar o livro escrito pelo personagem de Cusack, sempre falando que o autor provavelmente estaria morto mas ele continuaria eterno enquanto seu livro existisse. Mal sabia ele que Jackson Curtis, além de escritor, é perito em fugas milagrosas nas horas vagas e momentos difíceis.

O filme não é maravilhoso, longe disso. Tem horas que chega a ser entediante. Mas vale como diversão pra quem quer ter um momento superficial e apenas curtir efeitos especiais bacanas. Pela história, vale uma nota 2. Pelos efeitos, uma nota 7. Na média, escapa de ser um filme muito ruim por um triz e merece um 4.






Escuta essa: Tianastácia - Conto de Fraldas

4 comentários:

Amandex disse...

Adorei seu post
Mesmo discordando em alguns pontos de sua opinião sobre 2012.
Parabens seu blog é otimo

:D

p.s.:Nada melhor do que conto de fraldas na segunda feira ;p

Fábio Megale disse...

O que seria do mundo se todos nós tivéssemos a mesma opinião, não é mesmo? Que bom que você discorda. =)

Obrigado, e volte sempre!

E, ah, também discordo de você em um ponto: existem várias coisas melhores do que Conto de Fraldas em uma segunda-feira. Não pela música, mas pelo dia da semana. Ainda se fosse em uma sexta... ;)

Que puuuuxa!!!! disse...

Vale a pena assistir este filme. Se você não der boas risadas, pago-lhe uma coca-cola.

Fábio Megale disse...

Este é meu ponto de vista, do que eu chamo "cinema diversão". =)