Frustante: não existe palavra melhor para definir a sensação que se tem ao final de Besouro, a produção brasileira que está nas telas do cinema mais próximo de você, leitor.
O problema maior do filme não é a atuação dos atores, nem a produção, muito menos a trilha sonora. As músicas empolgam, os atores cumprem seu papel, e o filme é bonito demais de se ver - a fotografia é um ponto extremamente positivo, linda demais. O problema está no roteiro.
Não que a história seja ruim - ela é ótima, com muito potencial. E aí é que está: todo o potencial não é aproveitado. O filme não decola, não sai do lugar, fica preso sempre no mesmo ritmo e não consegue nem empolgar o espectador. Sem falar no final, que é totalmente broxante e sem graça.
Além da fotografia (que é o ponto mais positivo do filme), das coreografias (que, apesar de terem sido pouco exploradas em um filme de luta e que trouxe o coreógrafo chinês de filmes como O Tigre e o Dragão e Matrix, são bonitas de se ver), e da valorização de uma cultura que geralmente fica jogada às marges da sociedade, o filme vale por começar a explorar um novo gênero no cinema nacional: lutas, efeitos especiais, ação e aventura... não que não existam filmes com isso, mas é um pequeno passo para a construção de um cinema nacional mais forte e com mais qualidade.
Apesar dos prós, o filme não decola e acaba frustrando o espectador. Eu, pelo menos, fiquei frustrado. Mas como ele teve alguns vários prós, escapou de ser ruim por um triz e merece uma nota 4.
domingo, 15 de novembro de 2009
Besouro
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3 comentários:
Ah, que isso!!! Gostei demais!...
De verdade?
Não me atraiu nem minimamente...
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